
Mesmo sendo muito pobre, com três filhos para criar e morando na favela, ela não deixou se levar pela bandidagem.
Sempre trabalhou honestamente, construiu sua casa com materiais recicláveis e escrevia suas histórias em papéis ,que encontrava no lixo. Eram nesses papéis que ela escrevia suas histórias, baseadas em fatos reais, que aconteciam com ela e na sua favela.
Um dia, um jornalista chamado Audálio Dantas,que visitava a inauguração de um parque Municipal perto da favela do Canindé, ouviu Carolina gritar para um grupo que perturbava crianças menorese. Ela dizia que iria colocá-los no seu livro. Ouvindo essa fala, logo o jornalista se interessou, conhecendo assim os escritos de Carolina de Jesus.
Encantado com os textos, o jornalista Audálio Dantas ajudou Carolina de Jesus a publicar o seu Dário " Quarto do Despejo: Diário de uma favelada".
" Quarto do Despejo" publicado em 1960, foi um grande sucesso. Foram cem mil exemplares vendidos, traduzidos em treze idiomas e vendidos em quarenta países.
A partir do sucesso do seu livro ela pode construir sua casa com tijolos, mas continuou na favela.
Seus vizinhos ,infelizmente, não gostavam dela, porque era a única que sabia ler e escrever e também porque eram citados nas histórias do livro dela.
Carolina de Jesus também se destacava por escrever sobre fatos políticos e sociais que via. Era uma voz contra as injustiças sociais e a situação da população pobre.
Além de " Quarto do Despejo ( 1960 )" escreveu: "Casa de Alvenaria" ( 1961), "Pedaços de Fome"
( 1963) e "Provérbios "( 1963). Suas obras póstumas são: "Diário de Bitita" ( 1982), "Meu Estranho Diário" ( 1996)," Antologia Pessoal".( 1996) e "Onde Estaes Felicidade" ( 2014).
Carolina de Jesus nasceu na cidade de Sacramento em Minas Gerais , em 14 de março de 1914 e faleceu em 13 de fevereiro de 1977 de insuficiência respiratória.
Por conta de seu talento, ficou conhecida como uma das escritoras negras mais importantes do Brasil.
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